sábado, 7 de setembro de 2013

Filmes Gêmeos

Filmes com tramas parecidas e que são lançados na mesma época são bastante comuns, e para eles existe o termo “filmes gêmeos”. Este ano, dois filmes de ação colocaram terroristas invadindo a Casa Branca: Invasão à Casa Branca, de Antoine Fuqua, e O Ataque, de Roland Emmerich, que está estreando nessa semana. Sendo assim, aproveito essa oportunidade para lembrar outros casos de produções que podem ser classificadas por esse termo (e coloquei quais ganham em suas respectivas disputas).
- O Ilusionista (The Illusionist, 2006), de Neil Burguer / O Grande Truque (The Prestige, 2006), de Christopher Nolan:
Qual ganha? O Grande Truque.
O Ilusionista e O Grande Truque se passam mais ou menos na mesma época e trazem mágicos em suas histórias. O primeiro tem um início promissor e uma boa atuação de Edward Norton como o protagonista Eisenheim, mas acaba se perdendo ao se concentrar em um romance desinteressante entre ele e sua antiga paixão, Sophie (Jessica Biel), além de subestimar a inteligência do espectador em vários momentos. Já O Grande Truque foca uma rivalidade instigante entre seus dois personagens principais, Robert Angier e Alfred Borden (interpretados pelos excepcionais Hugh Jackman e Christian Bale), e que traz consequências trágicas para a vida de ambos. E o modo como o diretor Christopher Nolan e seu irmão, Jonathan, construíram a história é de tirar o fôlego. É um filme fascinante do início ao fim.
- Impacto Profundo (Deep Impact, 1998), de Mimi Leder / Armageddon (1998), de Michael Bay:
Qual ganha? Armageddon.
Tanto Impacto Profundo quanto Armageddon são filmes-catástrofe em que um meteoro está prestes a colidir com a Terra. Mas enquanto o primeiro se revela uma besteira cujo drama dos personagens não funciona como deveria, desperdiçando um elenco com nomes de peso como Robert Duvall e Morgan Freeman, o segundo mostra ser um filme mais divertido e que faz com que nos importemos com as figuras vistas na história. Sim, estou elogiando um filme de Michael Bay, que parecia saber exatamente o que fazer neste projeto.
- Espelho, Espelho Meu (Mirror Mirror, 2012), de Tarsem Singh / Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman, 2012), de Rupert Sanders:
Qual ganha? Empate.
Dois filmes da Branca de Neve foram lançados no ano passado, sendo que as histórias tinham propostas diferentes uma da outra. Mas ambos acabaram sendo projetos muito falhos. Espelho, Espelho Meu busca ser algo mais cômico, mas consegue ser apenas bobo até não poder mais, chegando ao ápice disso com um número musical a lá cinema indiano no terceiro ato. Já Branca de Neve e o Caçador tenta ser uma versão mais sombria e adulta do conto original, colocando até um tom mais épico em sua história, mas mostra não ter muito cacife pra fazer jus a essa proposta curiosa. E só um espelho chapado diria que Kristen Stewart é mais bela que Charlize Theron, o que já vai contra a natureza da história.
- Formiguinhaz (Antz, 1998), de Eric Darnell e Tim Johnson / Vida de Inseto (A Bug’s Life, 1998), de John Lasseter:
Qual ganha? Formiguinhaz.
A Pixar havia acabado de estourar com o sucesso de Toy Story, e seu projeto seguinte, Vida de Inseto, mostrou ser uma produção divertida, apesar de não se encontrar entre os melhores filmes do estúdio. Enquanto isso, sua rival, a PDI/Dreamworks, nasceu e começou muitíssimo bem no mercado de animações com Formiguinhaz. Contando com um protagonista carismático na pele da formiga neurótica Z (que tem Woody Allen como dublador, em uma escalação absolutamente perfeita), o filme diverte com sua trama inteligente, em que o personagem se rebela contra o sistema de sua sociedade.
- Sexo Sem Compromisso (No Strings Attached, 2011), de Ivan Reitman / Amizade Colorida (Friends With Benefits, 2011), de Will Gluck:
Qual ganha? Amizade Colorida.
Amigos que fazem sexo, e não querem se envolver em nada maior do que isso. Essa é a ideia que compõe as histórias de Sexo Sem Compromisso e Amizade Colorida, e ambos os filmes são bem formuláicos. No entanto, se o primeiro é aborrecido em vários momentos, o segundo consegue acertar um pouco mais em suas piadas, sendo um passatempo divertido. E para a minha surpresa na época, Justin Timberlake e Mila Kunis se revelaram mais carismáticos do que Ashton Kutcher e Natalie Portman, tendo até mesmo uma química melhor.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá! É a primeira vez que visito o seu blog, mas tenho que deixar meus elogios! Parabéns pela postagem!!

abrs!
www.utopiaquimera.blogspot.com